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Depois de pelo menos 10 invasões, asilo terá muro de 3 metros e concertina
Conforme a superintendente executiva do asilo, Cleo Shamah, a instituição foi alvo de bandidos por muitos anos
VIVIANE OLIVEIRA / CAMPO GRANDE NEWS
Por medida de segurança, o Asilo São João Bosco, localizado na Avenida José Nogueira Vieira, no Bairro Tiradentes, em Campo Grande, vai trocar as grades por muro de 3 metros e concertina. Com 108 colaboradores divididos em 19 setores, a instituição acolhe atualmente 85 idosos.
Conforme a superintendente executiva do asilo, Cleo Shamah, a instituição foi alvo de bandidos por muitos anos. No ano passado, por exemplo, foram registradas mais de dez invasões com furtos de equipamentos, ferramentas, maquinários, televisões, bicicletas de funcionários e até vasos de flores. “O muro era muito baixo e sem nenhuma proteção', explicou.
Cléo disse que os recursos para a construção do muro e de outras obras que estão sendo realizadas no asilo vêm de grandes empresas, como por exemplo a Energisa. “Essas empresas destinaram recursos para a nossa instituição através da Lei de Incentivo Fiscal. A captação junto a essas empresas é feita para projetos específicos, para que não precisemos utilizar os recursos que temos destinados à manutenção mensal da Instituição', explicou.
Segundo a superintendente, por ser uma uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, o asilo sempre precisa contar com doações e parcerias de órgãos governamentais e da população em geral. “Todas as nossas despesas mensais são pagas com essas parcerias e doações'.
Em 2020, rapaz que na ocasião tinha 20 anos foi preso por furtar comida do Asilo São João Bosco, durante a madrugada. Ele foi flagrado por policiais do Batalhão de Choque empurrando um carrinho de mão. Indagado sobre o fato, contou que havia acabado de arrombar uma das portas do asilo para furtar comida. Ele aproveitou que o tempo estava chuvoso e resolveu pular o muro.
De janeiro até agora, foram registrados 17.811 furtos somente na Capital. Em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram 15.343 registrados, teve alta de 16%, segundo dados da Sejusp (Secretaria do Estado de Justiça e Segurança Pública).