Sábado, 27 de Julho de 2024
  • Sábado, 27 de Julho de 2024

Fã da Gabi, menino transplantado realiza sonho em jogo do Brasil na Liga das Nações

Aos 7 anos, Arlindo Arthur vive momento especial na estreia da seleção brasileira feminina de vôlei

GLOBOESPORTE.COM / LUCAS ESPOGEIRO, MARCELO BARONE E PRISCILLA BASILIO


Brasil faz campanha por doação de órgãos na Liga das Nações

Arlindo Arthur tem apenas sete anos e uma vida cheia de histórias. Fã de Gabigol e de Gabi Guimarães, o menino, que recebeu um transplante de coração há quatro anos ao ser diagnosticado com uma cardiopatia grave, realizou um sonho na última terça-feira: entrar ao lado da seleção feminina de vôlei na quadra do Maracanãzinho, na estreia do Brasil da Liga das Nações.

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Presente no treino da equipe brasileira, na última segunda-feira, Arthur aguardou ansiosamente para conhecer Gabriela Guimarães, a Gabi. Dono de um pensamento ágil e muito comunicativo, disse que gostaria de perguntar à jogadora como fazer para ser famoso.

- Estou achando super legal conhecer a Gabi. Vou perguntar a ela como é que faz para ter fama. Se eu conseguir dinheiro na internet, bastante dinheiro mesmo, eu vou ajudar os outros - disse Arlindo, empolgado.

Na terça-feira, Arthur entrou adentrou a quadra do Maracanãzinho sem caber em sua própria felicidade, de mãos dadas com Gabi, ao lado de outras crianças e da seleção brasileira.

Para o pequeno sonhador, saber jogar vôlei é uma de suas metas. O menino elegeu Gabi como sua jogadora favorita devido a seu nome, tão parecido com o de seu ídolo do Flamengo, Gabigol. Depois do treino, a ponteira brasileira sentou-se com o fã, que brincou de entrevistador com um microfone na mão, e fez perguntas a ela e à central Ana Carolina, a Carol.

Esse foi a segundo contato de Arthur com uma grande competição esportiva. Em 2022, ele foi convidado a assistir ao Pré-Olímpico de Vôlei masculino, também no Maracanãzinho, e teve a oportunidade de conhecer Giba e alguns jogadores da seleção, como Alan e Lukas Bergmann.

- Depois do jogo, ele contava para todo mundo: 'Olha, eu tenho foto com o Giba!' - contou a mãe.

Entenda a história de Arlindo

Quando Arthur nasceu, sua mãe, Ana Oliveira, já havia recebido a notícia de que a cardiopatia de seu filho não teria cura. Ele precisava de duas cirurgias para tentar melhorar o quadro. Fez a primeira com dois anos e meio, mas não deu tempo de realizar a segunda, pois sua saúde acabou piorando drasticamente. A partir daí, internado em um CTI, ele entrou na fila do transplante como prioridade. Após 34 dias, finalmente receberam a notícia de que haviam conseguido um doador.

- Estar na fila de transplantes já não é fácil, sendo criança, é pior ainda, porque a doação infantil é muito pequena. A gente entende a dor do doador, mas é importante lembrar que muitas vidas podem ser salvas. A doadora do Arlindo salvou a vida de quatro crianças - disse Ana Oliveira.

- Por conta da cardiopatia, eu o afastei de multidões, dos esportes. Do ano passado para cá, ele começou a participar desses eventos. A primeira vez dele no Maracanãzinho foi em 2023, quando conheceu Giba e outros jogadores. É importante a gente se conscientizar que a pessoa que recebe um órgão pode ter uma vida super normal, e não necessariamente ter limitações, diferente do que geralmente imaginamos - acrescentou.

Ação pela doação de órgãos

A ação faz parte de uma iniciativa da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), junto à Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro, para promover a doação de órgãos. Crianças que passaram por transplantes terão a oportunidade de entrar em quadra nos jogos do Brasil, durante a etapa brasileira da Liga das Nações.

Cleidinete Surica, enfermeira do munícipio, é também uma das responsáveis por promover a conscientização sobre a doação nesses eventos, além de acompanhar ex-pacientes transplantados e suas famílias, como Arlindo e Ana.

- Fizemos uma ação parecida no Pré-Olímpico masculino do ano passado. Os torcedores tiraram as dúvidas sobre doação de órgãos, entenderam como acontecia. A gente achou que o resultado foi bem positivo. Este ano, pediram para repetirmos no feminino. As crianças transplantadas adoraram. Muitas nunca tiveram acesso ao esporte. É importante mostrar que é viável ser transplantado e esportista, ao mesmo tempo - contou Cleidinete.

Todas as partidas do Brasil na Liga das Nações serão transmitidas ao vivo pelo sportv2 e terão acompanhamento em tempo real do ge.



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