Domingo, 07 de Julho de 2024
  • Domingo, 07 de Julho de 2024

Entre lixos, fezes e restos de comida, limpeza a imóvel abandonado no Nhanhá encheu 2 caminhões

Cada caminhão comporta 17 m³ de lixo e foram recolhidos papéis, cama, sofá, fezes humanas e de animais, restos de comida, entre outros

MIDIAMAX/VICTóRIA BISSACO


Frente do imóvel tomado por lixo - (Foto: Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Os entulhos e lixos recolhidos de um imóvel abandonado na Travessa Novo Rumo, região da Vila Nhanhá, em Campo Grande, encheram quase dois caminhões com capacidade de 17 m³ cada um. A limpeza foi realizada na manhã desta quinta-feira (4), após denúncia de que o local era tomado por usuários de droga.

O cheiro no local é muito forte e mistura fezes de animais e humanas, restos de comida, lixo seco. A princípio, as equipes de limpeza da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) e da CCVE/Sesau (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais da Secretaria Municipal de Saúde) retiraram os entulhos com carriolas para, depois, serem colocadas por uma retroescavadeira nos caminhões.

A GCM (Guarda Civil Metropolitana) também esteve no local para prestar segurança às equipes de limpeza. O GCM Silas, responsável pelas guarnições da Guarda Municipal, explicou que a situação do imóvel estava deplorável. “Eu acho que nem uma praça de guerra é tão feia como a gente conseguiu visualizar ali. Muito lixo, muito entulho, fezes humanas, animais, toda tipo de vetores ali para transmitir doenças para a população ao redor”, explicou.

O imóvel fica bem no meio da Travessa, que teve as duas entradas bloqueadas para os serviços. Um idoso, de 81 anos, mora no local há 10 anos e contou ao Jornal Midiamax que o imóvel era de uma idosa, que faleceu há um tempo.

Segundo o chefe de Serviço do Controle de Leishmaniose e Chagas da Coordenadoria de Endemias Vetoriais da Sesau, Mário Márcio Oliva, as equipes da Prefeitura estiveram na última terça-feira (2) para vistoria no imóvel.

A “carcaça” do que um dia foi uma casa que ficou no local não será demolida, isso porque há herdeiros interessados no imóvel, que devem ser localizados para decidirem o que será feito.

O idoso não sabe precisar quando começou a invasão, mas disse que a situação já estava complicada. “Temos que conviver com essa sujeira, com essa bagunça, com brigas constantes. É lamentável isso aí”, disse.

O morador, ainda, relatou que havia energia elétrica do imóvel, que era ligada diretamente aos postes da rua. Equipe da Energisa, inclusive, esteve no local para interromper o fornecimento à casa invadida.

O GCM Silas explicou, também, que foram abordados 19 pessoas que estavam no imóvel, contudo, outros conseguiram fugir ao avistar a viatura. Ninguém foi preso e nada de ilícito foi encontrado, somente diversos objetos como carcaça de celular, cama, sofá, estantes, papéis, embalagens de marmita, espreguiçadeiras, entre outras.

“A questão da Nhanhá aqui é algo que, além de ser problema da Segurança Pública, é problema também social. Aqui tem que ser um trabalho mais efetivo de vários órgãos para gente conseguir dar jeito ou tentar realizar um trabalho pra dar jeito nessa situação aqui”, finaliza o GCM Silas.



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