Domingo, 06 de Outubro de 2024
  • Domingo, 06 de Outubro de 2024

Um ano após mudanças, Campo Grande vê reação do mercado com novo Minha Casa, Minha Vida

No Brasil, aumento de vendas pelo Minha Casa, Minha Vida foi de 6% no primeiro trimestre deste ano

MIDIAMAX/LIANA FEITOSA


Expansão imobiliária (Arquivo Midiamax).

Um ano passou desde as mudanças no programa Minha Casa, Minha Vida, anunciadas pelo Governo Federal em junho de 2023. O setor, que vinha registrando índices negativos, cobrava incentivos ao consumidor e, agora, apresenta reações.

Conforme a presidente do Sindimóveis (Sindicato dos Corretores de Mato Grosso do Sul), Luciana de Almeida, todos os bairros de Campo Grande registraram aumento nas vendas pelo programa nesse um ano. “É difícil quantificar, mas, em nível Brasil, houve aumento de 6% (em vendas) no primeiro trimestre deste ano, segundo a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção)'.

Necessidade

Com altas registradas no custo de obras e nas taxas de juros, o programa precisava de incentivos para voltar a ser vantajoso ao consumidor que sonha com a casa própria.

Segundo Luciana, as alterações feitas no programa Minha Casa, Minha Vida foram muito boas. “O mercado reagiu de forma super, superpositiva. As contratações aumentaram, a expectativa criada em relação a essas mudanças foram positivas'.

Ela explica que as mudanças tiveram a intenção de fomentar o mercado imobiliário baixando juros. “O acesso ao financiamento ficou mais fácil, teve a elasticidade nas faixas de renda e a ampliação do limite do valor do imóvel, que também favoreceu aos construtores', analisa. 

“É importante lembrar que o desejo de todo brasileiro continua sendo realizar o sonho da casa própria. ‘Quem casa, quer casa’, e isso se comprova com pesquisas. Então, o nosso mercado realmente aqueceu, com recordes de vendas', detalha Luciana. 

Até o ano passado, ao se comparar a taxa de juros da iniciativa privada, a variação em negociação chegava a 11%, mas a do programa passou a girar em torno de 4%.

O programa

Atualmente, as taxas de juros oferecidas para famílias com renda de até R$ 2 mil mensais, no Estado, é de 4,25% ao ano, conforme estabelecido na Medida Provisória nº 1.162 aprovada pelo Congresso Nacional no dia 13 de junho de 2023.

O enquadramento na faixa do programa foi ajustado de R$ 2,4 para R$ 2,64 mil. Assim, uma família com renda mensal de R$ 1.650, ao adquirir um imóvel no valor de R$ 172 mil, tinha subsídio de R$ 47,5 mil. Atualmente, é de R$ 55 mil. 

Já uma família com renda de R$ 1.980,00, adquirindo o mesmo imóvel, pode acessar subsídio de R$ 41,8 mil.

Os beneficiários “Faixa 3' podem adquirir imóveis com valor de venda de R$ 350 mil em todo o território nacional, independentemente da localidade. Segundo o governo, o limite era de R$ 264 mil. Para as famílias das Faixas 1 e 2, o limite atual varia entre R$ 190 mil e R$ 264 mil, também sem restrição de localidade.



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