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Prefeito do PSDB em Ivinhema é investigado após citação de ‘bens ocultos’ em depoimento a PF
Juliano Ferro foi citado em compras de carros avaliados em R$ 800 mil
MIDIAMAX/DâNDARA GENELHú
O prefeito Juliano Ferro (PSDB) foi citado em depoimento de um investigado pela PF (Polícia Federal). Portaria assinada pelo delegado Marcelo Guimarães Mascarenhas, instaurou inquérito de investigação para apurar supostas omissões de bens do candidato.
Assim, o inquérito aponta que o tucano teria posse de dois carros avaliados em R$ 800 mil e não declarados à Justiça Eleitoral no registro de candidatura para o pleito de 2024.
O delegado afirma que existem elementos plausíveis de “posse, propriedade e disponibilidade' dos veículo Silveirado e Dodge Ram “tudo em ao menos no corrente ano até a data de 19/08/2024, portanto de em data anterior e também posterior a sua declaração eleitoral de bens'.
Contudo, na declaração de bens à Justiça Eleitoral, o candidato à reeleição listou apenas três veículos. Sendo um Gol de R$ 26 mil, um Uno Mile de R$ 20 mil e uma caminhonete F1000 de R$ 50 mil.
Depoimento
O inquérito foi aberto após depoimento de investigado em operação da PF. Sobre a Silveirado, o depoente conta que Ferro ainda não pagou.
“Sequer chegou a andar na caminhonete, que já negociou direto com Juliano Ferro, que viu e ficou empolgado. Que Juliano Ferro deu um cheque de R$ 380 mil, que não se sabe onde está o cheque, que Juliano não pagou nada ainda e disse que tinha um negócio de rifa e se entrar um dinheiro, já vai pagando', disse durante o depoimento.
Além disso, Luis Carlos Honório afirma em depoimento que vendeu para Juliano Ferro um imóvel por R$ 120 mil com área de 300m².
O Jornal Midiamax, o prefeito afirmou estar ciente da investigação e pontuou que já prestou declarações à Polícia Federal. “Eu não coloquei a Dodge Ram na minha declaração de bens, porque eu já tinha vendido, eu mexo com a compra e venda de carro há 20 anos. E não coloquei a Silveirado que foi compro da pessoa investigada, porque ela não tem documento liberado, ele falou que ia liberar o documento em dezembro e eu ia pagar ela em janeiro, entendeu? Já dei minha declaração, meu depoimento para Polícia Federal”, disse.
Operação
A Polícia Federal deflagrou a Operação Lepidosiren em agosto deste ano. Assim, prendeu três suspeitos em Ivinhema e Angélica – municípios a 291 e 323 quilômetros da Capital, respectivamente. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão, prisão temporária, quebra de sigilo bancário e sequestro de bens. A Justiça Federal de Ponta Porã, a 315 quilômetros de Campo Grande, expediu os pedidos.
A operação tem como objetivo combater associação criminosa envolvida no tráfico transnacional de drogas. No total, a ofensiva cumpriu oito mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária nos dois municípios. A Justiça Federal determinou, ainda, o sequestro de pouco mais de R$ 33 milhões do grupo criminoso.
A investigação começou após um flagrante em 8 de julho de 2021 em Ponta Porã. Na ocasião, o trabalho investigativo revelou o grupo criminoso, que seria responsável pela logística e tráfico de drogas. Os policiais apreenderam 3,4 toneladas de maconha na ocorrência.