Riedel e Reinaldo voltam a se reunir com PL nacional após conversa que mudou eleição em MS

InvestigaMS/Wendell Reis


O governador Eduardo Riedel (PSDB) e o ex-governador Reinaldo Azambuja (PSDB) se encontram nesta quarta-feira (20) com a cúpula nacional do Partido Liberal (PL) para tratar do futuro da parceria para a eleição do próximo ano.

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O último encontro formal entre lideranças do PSDB de Mato Grosso do Sul e o presidente nacional do PL, Waldemar da Costa Neto, aconteceu no ano passado e mudou os rumos da política no Estado.

Reinaldo e Riedel fecharam apoio de Jair Bolsonaro (PL) a Beto Pereira (PSDB), mas também iniciaram uma aliança que custou a candidatura própria do PL em vários municípios, incluindo Campo Grande.

Agora, voltam a conversar, com a expectativa de continuidade da parceria e, mais que isso, possível filiação de Reinaldo Azambuja e parte do seu grupo político.

Apesar da expectativa criada sobre possível filiação, Reinaldo é cauteloso e não confirma mudança de partido. Segundo o ex-governador, a conversa será sobre política, mas nenhuma decisão será tomada antes de definir o caminho que o PSDB vai tomar no mês que vem, quando deve fazer uma fusão/incorporação com o Podemos.

“Vamos ouvir o Waldemar. Saber o que pensa para o Partido Liberal aqui. Ele já fez o convite para mim e o Riedel no ano passado, mas não voltamos a conversar. Isso vai passar pela eleição nacional, mas também para nossa prioridade que é a reeleição do governador e possibilidade de dois candidatos competitivos ao Senado', justificou Reinaldo.

O discurso de Reinaldo é próximo ao adotado por Eduardo Riedel, que tem declarado a aliados que não tomará nenhuma decisão antes da reunião com o PSDB no início do mês, pontuando inclusive que pode até continuar no PSDB.

Embora os dois neguem, no grupo político a maioria aposta em uma filiação de Reinaldo ao PL e de Riedel ao PP, de Tereza Cristina. Nesta tratativa, Riedel não teria muitos problemas, porque tem Tereza como aliada.

Reinaldo teme rejeição e o controle exagerado de Bolsonaro sobre as decisões do partido. Isso, inclusive, será colocado na mesa de negociações, onde o grupo do Estado deixará claro que se mudará para o partido apenas se tiver autonomia.


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