Sexta, 26 de Julho de 2024
  • Sexta, 26 de Julho de 2024

Cinco motivos para torcer para a Argentina e um para não querer a França campeã

Messi campeão do mundo pela primeira vez, premiar a torcida mais participativa da Copa, um presente a Maradona... Sem o Brasil, quem apoiar na final deste domingo?

GLOBOESPORTE.COM / REDAçãO DO GE


Fim do tabu, zebra e Lionel Messi: veja a trajetória da Argentina até a grande final

O Brasil foi eliminado nas quartas de final da Copa do Mundo (mais uma vez) e abriu o caminho para França e Argentina chegarem à decisão. E agora, para quem torcer neste domingo, às 12h (de Brasília)? Os "hermanos" têm motivos para ganhar sua torcida – e os franceses ainda dão motivos para não ganharem seu apoio.

Acima de tudo, esta é a última Copa do Mundo de Lionel Messi. O craque de 35 anos, multicampeão por Barcelona e até com título pela seleção argentina, nunca levantou o troféu mais importante por seu país. É a última oportunidade.

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Em contrapartida, a França caminha para construir uma hegemonia entre seleções. Campeã na Rússia em 2018, a seleção tem jovens jogadores que ainda estarão novos em 2026, na próxima Copa do Mundo. Uma possível conquista francesa dará ainda mais moral para uma geração que talvez nem esteja em seu auge.

Por tudo isso, separamos, abaixo, cinco motivos para você torcer pela Argentina e um para não torcer pela França neste domingo:

A última chance de Messi

O craque argentino está em sua quinta Copa do Mundo. Estreou nos Mundiais em 2006, depois jogou em 2010, 2014 e 2018 antes de chegar ao Catar. Dono de inúmeros títulos por Barcelona e PSG e diversos troféus individuais, como sete Bolas de Ouro e dois prêmios de Melhor do Mundo pela Fifa, Messi chegou à final da Copa no Brasil, em 2014, mas perdeu para a Alemanha.

Agora, oito anos depois, o camisa 10 da Argentina tem sua última chance de conquistar um troféu de Copa do Mundo. Aos 36 anos, Messi não jogará a próxima edição do Mundial, nos Estados Unidos, no Canadá e no México. Ele não merece sua torcida?

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Um presente para Maradona

Maior jogador da história da Argentina, o ex-camisa 10 da seleção morreu em 25 de novembro de 2020. Esta é a primeira Copa desde sua despedida.

Maradona liderou a seleção na conquista do segundo título de Copa do Mundo, em 1986. Desde então, seu país não conquistou mais o troféu – o primeiro havia sido em 1978, ainda sem o craque.

Um possível título da seleção comandada por Messi e companhia contra a França seria um presente para o ídolo Maradona, celebrado ao longo de toda a Copa pelos argentinos no Catar.

Um prêmio para a torcida

Os argentinos transformaram a Copa do Mundo numa Libertadores. Uma das torcidas mais envolvidas com os jogos no Catar – talvez a mais participativa – sonha com o tri do Mundial. Durante os jogos da Argentina, os "hermanos" deram show nas arquibancadas dos estádios no meio do deserto, como se estivessem em Buenos Aires.

Para a final contra a França, os torcedores esgotaram passagens de até R$ 40 mil para Doha em apenas 30 minutos. Diversos novos voos foram abertos de última hora, depois da classificação com a vitória por 3 a 0 sobre a Croácia. Agora, a capital do Catar virou uma parte "avançada" de Buenos Aires às vésperas da decisão da Copa do Mundo.

"Abuela la la la, abuela la la la"

Você diria não para essa senhora maravilhosa? A campanha da Argentina na Copa do Mundo ganhou uma torcedora símbolo. Desde a fase de grupos, torcedores têm ido para Vila Luro, ao lado do bairro de Liniers, em Buenos Aires, para comemorar com María Cristina, de 76 anos.

A torcedora tem aparecido em vídeos compartilhados exaustivamente na internet, com sua máscara contra a Covid-19, seus vestidos coloridos e uma empolgação contagiante. Argentinos transformaram em rotina as comemorações com María Cristina, enquanto cantam "Abuela la la la la". Abuela, na tradução literal do espanhol para português, significa "avó".

– Esta mensagem é para você, Lionel (Messi). Você dá conta, porque te amamos, "la p*** madre". Você é um grande. Deus te abençoe, meu amor. Estou falando com a alma, "car***" – disse, emocionada, em meio a palavrões, após a vitória nos pênaltis contra a Holanda.

Evitar a hegemonia francesa

A única seleção que conseguiu conquistar um bi da Copa do Mundo seguido, um depois do outro, foi o Brasil, em 1958 e 1962. Desde então, nenhum outro país alcançou o feito, que pode ser repetido neste domingo pela França.

Campeã em 2018, na Rússia, a seleção adversária da Argentina pode igualar o Brasil se vencer a decisão no Catar. Por isso, é melhor torcer pelos argentinos...

E um motivo para não torcer pela França

Os franceses já provaram que têm uma geração com muito potencial. E isso vai se manter para a próxima Copa do Mundo, em 2026 – podendo, inclusive, melhorar. Se conquistar o título no Catar, a França mantém vivo o sonho de um tri seguido, o que nenhum outro país conseguiu até hoje. Ou seja, é melhor evitar, né?

Em 2026, Mbappé, por exemplo, terá 28 anos; Dembelé, 29; Nkunku, 29, Tchouameni, 26; Koundé, 28; Varane, 33... Isso sem contar promessas que podem surgir no futebol francês para rechear ainda mais a vitoriosa geração do país.



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