Referência no tratamento da hanseníase, São Julião celebra 84 anos com novo ambulatório

O novo ambulatório tem capacidade para 600 pacientes por dia, 34 salas médicas e 3 recepções

Correio do Estado / Karina Varjão


O Hospital São Julião comemora na próxima terça-feira (5) 84 anos de fundação e celebra esta data com um grande marco para a saúde pública de Mato Grosso do Sul: o hospital inaugura seu novo Ambulatório, projetado para atender 600 pacientes por dia confortavelmente, combinando tecnologia e eficiência.  'Celebrar os 84 anos do Hospital São Julião com a entrega deste novo ambulatório é, acima de tudo, reafirmar nosso compromisso inabalável com a saúde pública de Mato Grosso do Sul. Esta conquista é fruto de um esforço coletivo que começou com a coragem e a visão da nossa eterna Presidente de Honra, Irmã Silvia Vecellio, e se mantém vivo graças ao empenho de funcionários, voluntários e parceiros que acreditam na nossa missão. Estamos ampliando nosso legado com responsabilidade, inovação e, sobretudo, humanidade', afirmou o Presidente da Associação Beneficente de Auxílio e Recuperação dos Hansenianos (ABARH), Carlos Augusto Melke. 

'Celebrar os 84 anos do Hospital São Julião com a entrega deste novo ambulatório é, acima de tudo, reafirmar nosso compromisso inabalável com a saúde pública de Mato Grosso do Sul. Esta conquista é fruto de um esforço coletivo que começou com a coragem e a visão da nossa eterna Presidente de Honra, Irmã Silvia Vecellio, e se mantém vivo graças ao empenho de funcionários, voluntários e parceiros que acreditam na nossa missão. Estamos ampliando nosso legado com responsabilidade, inovação e, sobretudo, humanidade', afirmou o Presidente da Associação Beneficente de Auxílio e Recuperação dos Hansenianos (ABARH), Carlos Augusto Melke. 

Ao todo, o novo ambulatório tem 34 salas médicas, distribuídas de forma estratégica para melhorar o atendimento e otimizar o fluxo de pacientes.

No espaço, ainda têm 3 recepções com 350 lugares de espera e 11 guichês de atendimento, tornando o lugar acolhedor, buscando reduzir aglomerações, principalmente em horários de grande circulação. 

O prédio ainda conta com sala de recuperação, posto de coleta, sala de eletrocardiograma, espaço para pequenos procedimentos e o Centro de Tratamento de Feridas, o que permite a realização de vários exames e tratamentos em um único espaço, dando praticidade aos pacientes, que não irão precisar se deslocar para outros lugares em busca de tratamentos e diagnósticos. 

Homenagem

O novo ambulatório homenageia o Dr. Getúlio Fumio Kuwakino, médico cirurgião geral, oncologista, ginecologista e obstetra, em reconhecimento à sua trajetória médica e humanitária, legado deixado entre os anos de 1967 e 2025. 

O Dr. Kuwakino se destacou por sua participação voluntária por 25 anos no Grupo Onça Pintada, onde ofereceu apoio médico especializado, com foco na prevenção e saúde da mulher. É lembrado por seu legado de empatia, generosidade e compromisso social, além de contribuição para causas comunitárias e filantrópicas, sendo marcado como um exemplo de cidadania e humanismo na medicina sul-mato-grossense. 

Outras melhorias

Além do novo ambulatório, também serão entregues outras estruturas e melhorias para o Hospital: 

  • Dez consultórios de oftalmologia totalmente revitalizados;
  • Um novo necrotério, com estrutura que assegura mais respeito e dignidade;
  • Um laboratório modelo com conceito 'Lixo Zero', que alia sustentabilidade e alta tecnologia;
  • A substituição do chiller (ar-condicionado) do centro cirúrgico, promovendo mais segurança e confiabilidade aos procedimentos.
  • 25 leitos de internação clínica no pavilhão 28.

'Essas entregas reforçam o compromisso do Hospital São Julião com a inovação, a sustentabilidade e a excelência na prestação de serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS), consolidando a instituição como referência em atendimento humanizado e de alta qualidade em todo o estado', alegou a assessoria do Hospital. 

Referência 

O Hospital São Julião é referência em Mato Grosso do Sul no tratamento da Hanseníase, doença que tem cura e está presente na lista de doenças negligenciadas pela Organização Mundial da Saúde, colocando o Brasil em segundo lugar em números absolutos de casos da doença. 

Ao longo de seus 84 anos, o hospital desenvolve métodos de diagnóstico e acompanhamento, distribuindo medicamentos para tratamento da doença e envolvendo profissionais de diferentes áreas. 

A Hanseníase é uma doença que causa erupções na pele, conhecida popularmente como lepra. Sua transmissão ocorre por meio das vias aéreas, através do espirro, tosse ou fala. Para que outra pessoa seja contaminada, é necessário que haja um contato muito próximo e prolongado com o infectado. 

Os sinais e sintomas mais frequentes são: 

  • Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou área (s) da pele com alteração da sensibilidade térmica (ao calor e frio) e/ou dolorosa (à dor) e/ou tátil (ao tato);
  • Comprometimento do (s) nervo (s) periférico (s) geralmente espessamento (engrossamento) , associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas;
  • Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
  • Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente nas mãos e nos pés;
  • Diminuição ou ausência da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés;
  • Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos. 

O tratamento é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), bem como o acompanhamento dos pacientes, não sendo necessário internação. Geralmente, a duração do tratamento é de seis a doze meses.   




Comentários