Filha de Ana Maria Braga faz alerta após filho engolir apito de brinquedo

Filho de Mariana Maffeis, de 4 anos, precisou passar por um procedimento cirúrgico para retirada do objeto, que ficou alojado no pulmão, no Hospital das Clínicas de Botucatu, cidade onde a família mora. Filha da apresentadora gravou um vídeo para alertar outras mães.

G1 / Adriano Baracho


O neto de Ana Maria Braga, Varuna, de 4 anos, engoliu um apito de brinquedo e precisou passar por um procedimento cirúrgico para retirada do objeto no Hospital das Clínicas de Botucatu (SP).

De acordo com a mãe, Mariana Maffeis, o menino ficou três dias com som de apito na boca após engolir, por engano, o brinquedo.

Mariana gravou um vídeo para alertar outras mães sobre o perigo de crianças engolirem objetos estranhos.

Médico do Hospital das Clínicas orienta sobre os cuidados e o que fazer nesses casos.

Depois do susto que viveu com o filho Varuna, de 4 anos, a filha da apresentadora Ana Maria Braga, Mariana Maffeis, conversou com o g1 sobre o incidente e contou que o menino ficou três dias com som de apito na boca após engolir, por engano, o brinquedo.

Varuna precisou passar por um procedimento cirúrgico para retirada do objeto, que ficou alojado no pulmão, no Hospital das Clínicas de Botucatu (SP), cidade onde a família mora. Segundo Mariana , o caso aconteceu no dia 17 de setembro na casa da família que fica no bairro da Demétria, zona rural de Botucatu.

O incidente ganhou repercussão depois que Mariana gravou um vídeo para alertar outras mães. Ela explicou que o menino retirou o apito de dentro de um brinquedo, colocou na boca e acabou engolindo.

📲 Participe do canal do g1 Bauru e Marília no WhatsApp

“Ele normalmente não mastiga nada que não seja comida, mas encontrou uma forma de tirar o apito de dentro do brinquedo e mordeu', lembra.

Em casa, a mãe registrou momentos em que o filho começa a emitir o som de "apito" saindo da boca". Mariana autorizou a divulgação do vídeo como forma de alerta para outras mães, ela esclareceu que nenhum momento ele reclamou de dor ou desconforto. (Veja no vídeo no início da reportagem).

“Foi muito curioso e o único sintoma era esse som. Ele respirava e apitava.'

Depois de perceber um som de apito saindo da boca de Varuna, o pai levou na mesma noite em um hospital particular da cidade, mas o casal ficou inseguro com o atendimento e decidiu voltar para casa. No dia seguinte, Mariana procurou o Hospital das Clínicas da Unesp, referência em atendimentos de urgência e emergência na região.

“Já era 22h30 da noite quando começou a fazer um som de apito. Ficamos muito preocupados. Foi a primeira vez que precisei usar o sistema de saúde com meus filhos', relata Mariana.

No atendimento, Varuna passou por uma nasoendoscopia, procedimento que o médico consegue avaliar e visualizar de forma detalhada as vias aéreas superiores. Só que o apito não foi localizado no exame. A equipe então suspeitou que o objeto tivesse sido engolido e poderia sair naturalmente pelas fezes — o que também não aconteceu.

“Na noite seguinte, ele voltou a apitar. Voltei ao hospital, mas o pronto-socorro estava muito cheio e não conseguimos atendimento com ele em jejum, como o médico havia solicitado. Decidi voltar mais cedo no dia seguinte. Foi quando ele conseguiu um leito', explicou a mãe

Depois de três dias "apitando" , Varuna foi internado e passou por um outro procedimento no HC de Botucatu, chamado broncoscopia rígida, que exige a anestesia geral do paciente, porque o objetivo foi parar no pulmão da criança.

O procedimento ocorreu com tranquilidade e o menino recebeu alta no mesmo dia. Nas redes sociais, Mariana tranquilizou os internautas e agradeceu toda a equipe médica do HC de Botucatu que atendeu o filho pelo SUS.

Alerta dos riscos

Apesar de curioso e soar até "engraçado" o som emitido pelo menino de 4 anos, o objeto estranho que ele engoliu foi parar no pulmão, o que é perigoso para qualquer criança e até em adultos. A demora na retirada do objeto pode dificultar a passagem de ar para o pulmão afetado.

Alojado no pulmão, o corpo estranho também pode causar infecções respiratórias, dano pulmonar permanente ou até a morte súbita. A orientação para os pais, é procurar o serviço médico imediatamente.

“O único jeito de resolver é retirando o corpo estranho. Poderia ter sido pior. Poderia até apresentar sangramentos, sangramentos da via aérea, que a gente vê às vezes. Isso é um risco não só para crianças, mas até para adultos. O HC realiza, inclusive, procedimentos durante o ano para a retirada desses objetos de mais formas possíveis", destaca o médico Tarcisio Albertin, responsável pelo procedimento no Varuna.

Em média, o HCFMB- Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da UNESP, registra entre 4 e 5 casos por ano de retirada de corpo estranho, número que se mantém estável nos últimos anos, segundo o hospital.

Nos 50 anos de atuação do serviço, já foram retirados 233 corpos estranhos, em adultos e principalmente em crianças.

"Até 6 anos é uma idade de risco que as crianças colocam objetos na boca, até no nariz, e acaba broncoaspirando aquilo para o pulmão. Mas nós já tivemos casos de adultos que engasgaram e broncoaspiraram com comida, alimentos, salsicha, ossos de frango. Então, isso é relativamente comum de acontecer, mas principalmente com crianças."

"Serve o alerta para os pais, para os professores, muito cuidado com o que a criança pode ter ali em mãos. A gente já teve crianças que broncoaspiraram parafuso, prego, pedaços de brinquedo, plásticos, enfim", finaliza o médico.

Veja mais notícias da região no g1 Bauru e Marília

VÍDEOS: assista às reportagens da região


Comentários