Flagra de criança em meio ao trânsito revela vulnerabilidade na Capital

Caso foi registrado por volta das 22h30 de sábado (27) na Avenida Joaquim Murtinho

Inara Silva / Campo Grande News


Uma cena de vulnerabilidade social foi flagrada na Avenida Joaquim Murtinho, perto da Escola Estadual Hércules Maymone, em Campo Grande.

RESUMO

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Uma família foi flagrada em situação de vulnerabilidade na Avenida Joaquim Murtinho, em Campo Grande, com uma criança pequena exposta ao trânsito intenso. O caso, registrado em frente à Escola Estadual Hércules Maymone, mostra adultos pedindo doações enquanto a criança permanecia no canteiro central. O Serviço de Abordagem Social (SEAS) informa que situações similares são frequentes na capital. O órgão realiza abordagem educativa inicial e, em casos reincidentes, aciona o Conselho Tutelar. A presença de crianças é comum em semáforos, sendo utilizada para sensibilizar motoristas a fazerem doações.

Por volta das 22h30 deste sábado (27), um homem, uma mulher e uma criança pequena ocupavam o canteiro central da via.

O episódio chama a atenção pela proximidade com o trânsito. A criança estava sentada sobre uma manta, cercada por mochilas e sacolas, bem ao lado da pista, enquanto os adultos se aproximavam dos veículos em busca de doações.

A situação deixava todos expostos a acidentes como o ocorrido, na madrugada deste domingo, por volta das 5h, quando um Fiat Uno chocou-se com um poste, logo após a rotatória do Terminal Hércules Maymone. Ninguém ficou ferido.

A presença de famílias com crianças em canteiros e semáforos de Campo Grande não é incomum. Conforme informações do SEAS (Serviço de Abordagem Social), em casos como esse, a primeira abordagem é educativa: a família recebe orientação para evitar expor a criança a riscos. No entanto, quando há reincidência, o Conselho Tutelar pode ser acionado para intervir.

Procedimentos - Ao identificar uma pessoa em situação de rua, o primeiro passo do SEAS é registrar o caso e preencher uma ficha com os dados pessoais. O órgão verifica se a criança está na escola, se a família tem moradia e se há reincidência. Dependendo do caso, há diferentes encaminhamentos:

  • Se a família não tem abrigo, é levada para um abrigo específico para famílias;

Se a família não tem abrigo, é levada para um abrigo específico para famílias;

  • Se a pessoa estiver em situação de rua, é direcionada ao Centro Pop ou ao Centro de Triagem;

Se a pessoa estiver em situação de rua, é direcionada ao Centro Pop ou ao Centro de Triagem;

  • Se for usuário de drogas, caso aceite, pode ser encaminhado para tratamento.

Se for usuário de drogas, caso aceite, pode ser encaminhado para tratamento.

Casos recorrentes - Segundo o serviço, quase todos os dias há registros semelhantes em pontos movimentados da cidade, como nas proximidades de restaurantes e em avenidas movimentadas, como a Avenida Joaquim Murtinho.

Geralmente, a presença da criança ajuda a sensibilizar os motoristas a fazerem doações. Muitas famílias que ocupam os semáforos, inclusive, possuem residência fixa e utilizam os pontos de grande movimento para vender balas ou pedir dinheiro.

O Conselho Tutelar Bandeira, localizado próximo ao local onde a família estava, foi contatado pelo telefone de plantão e informou que casos de pessoas em situação de rua são atendidos pelo SEAS, que aciona o Conselho apenas quando há necessidade de intervenção.

Como denunciar - Para acionar o SEAS e informar sobre casos de pessoas em situação de rua, basta ligar para os seguintes números: (67) 99660-6539 ou (67) 99660-1469.

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