Sábado, 27 de Julho de 2024
  • Sábado, 27 de Julho de 2024

Rui Costa pedirá ao governo liberação imediata de residência oficial para Lula

Costa disse que a "tradição" manda se oferecer ainda durante a transição uma residência para o presidente eleito, o que não ocorreu

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© Mateus Pereira/GOVBA

Em entrevista à GloboNews, Costa disse que a 'tradição' manda se oferecer ainda durante a transição uma residência para o presidente eleito, o que não ocorreu; quando está em Brasília, Lula tem se hospedado em um hotel. Segundo o futuro chefe da Casa Civil, Lula corre o risco de, em pleno início de mandato, demorar para poder ocupar uma das moradias oficiais. 'O mínimo que se tem de fazer por qualquer um que compra um apartamento é higienizar, fazer a pintura, a arrumação. Gastam-se alguns dias', disse. 'Talvez, seja a primeira vez na história do Brasil que isso aconteça', disse, referindo-se ao fato de que nenhum imóvel oficial foi liberado até o momento.

Caso o imóvel não seja liberado a tempo da posse, Lula terá de conviver por alguns dias de forma improvisada fora de uma das residências oficiais porque 'não lhe foi dada essa oportunidade'. A reportagem entrou em contato com o Planalto, mas o órgão não se posicionou até a publicação desta matéria

Nesta terça-feira, 13, Rui Costa teve um encontro com o atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP) para discutir a transição entre as gestões. Essa é a primeira vez em que os dois se reúnem após a confirmação, na última sexta-feira, do nome do governador baiano para assumir a chefia da pasta no governo Lula.

Segundo o petista, o encontro ocorreu em 'clima de tranquilidade'. 'A reunião foi bastante positiva e ocorreu em clima de tranquilidade. Uma transição de governo tranquila mostra maturidade de quem está saindo, e de quem chega para a nova gestão', disse o petista em nota enviada à imprensa. O governador da Bahia ressaltou que ele e Nogueira estão comprometidos com o respeito à institucionalidade.

Vandalismo durante cerimônia de diplomação

O futuro chefe da Casa Civil afirmou que se até o dia 31 as providências contra os extremistas que fizeram atos de vandalismo no dia da cerimônia de diplomação do presidente eleito Lula não forem tomadas, medidas serão adotadas a partir do dia 1º, quando o petista tomar posse.

Costa defendeu a apuração e o devido processo legal. Ainda na entrevista à GloboNews, Costa disse que os manifestantes radicais caminhavam em direção ao hotel onde está hospedado Lula. 'Deu para ver nitidamente. Aquele hotel permite uma visão de ruas diferentes. O objetivo era chegar o mais próximo possível do hotel', afirmou.

O governador baiano ainda defendeu que 'a grande missão' do futuro governo será pacificar o País e fazê-lo se unir novamente. 'Podemos ter diferentes opiniões sobre religião, futebol, tudo, mas não podem chegar às vias de fato e ameaçar as instituições brasileiras.'

O tumulto desta segunda-feira, 12, foi iniciado depois que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, apoiador do presidente Jair Bolsonaro. A prisão foi decretada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) por indícios de crimes de ameaça, perseguição e manifestações antidemocráticas em vários pontos de Brasília. Os manifestantes ainda tentaram invadir a sede da Polícia Federal (PF).

Próximos nomes ministeriais

Sobre os anúncios dos novos nomes do terceiro governo Lula, Rui Costa declarou que o presidente eleito não fará um atrelamento das nomeações do governo ao calendário de votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, aprovada pelo Senado e que será votada pela Câmara. 'O presidente Lula está fazendo todas as conversas pessoalmente com os partidos e lideranças e está a seu tempo tomando as decisões sobre os nomes que irão compor o governo. Não fará esse atrelamento vinculado a um calendário de votação da PEC', declarou.

Costa afirmou também ter confiança de que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e os deputados 'deixarão sua contribuição para o País' ao aprovar a PEC da Transição. 'Quase a totalidade desses recursos é para aplicar para as pessoas que estão com fome e garantir o funcionamento mínimo do Estado brasileiro em 2023', ressaltou. ACOMPANHE AQUI O



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