Interino vê união no Corinthians em vitória e desconversa sobre efetivação: "Um dia de cada vez"

Sob comando do técnico interino Raphael Laruccia, o Corinthians venceu o Vitória por 3 a 2, na noite desta quinta-feira, na Neo Química Arena, em São Paulo, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro, encerrando jejum de nove jogos sem vencer na competição.

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O resultado ainda não tirou o Timão da zona de rebaixamento, mas garante dias de calmaria até a próxima partida e na busca por um substituto para António Oliveira. Raphael Laruccia elogiou a receptividade do elenco e disse que a união dos jogadores foi determinante para a vitória.

– O ambiente no vestiário era de muita confiança, né? A gente vinha acompanhando e estava claro, acredito que para todos, que não era por falta de entrega, de empenho e de dedicação. Quando a gente entra numa situação desconfortável como essa, as questões emocionais afetam muito e internamente a gente precisa se fortalecer.

– Esse grupo, é importante ressaltar isso, é um grupo que é muito unido, é um grupo que é muito forte internamente, e quando eu cheguei ali, eles me abraçaram, me acolheram e compraram a ideia que a gente propôs para o jogo de hoje, e as coisas funcionaram da maneira que a gente esperava. Então, o ambiente foi positivo desde o início, desde a minha chegada era um ambiente positivo, um ambiente de confiança e de otimismo, né? E o resultado ajuda a confirmar – disse Laruccia.

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Ainda sem um treinador, o Corinthians terá Raphael Laruccia comandando os treinos na reapresentação do elenco programada para esta sexta-feira. O interino desconversa sobre a possibilidade remota, pelo menos neste momento, de uma efetivação e prefere pensar primeiramente em preparar a equipe para a partida contra o Cruzeiro.

– Bom, a emoção é indescritível, é difícil de expressar em palavras, é um momento único e certamente ficará guardado na minha memória pra sempre. E com relação a essa trajetória rápida dentro do clube, quando você se propõe a trabalhar no futebol, no cargo como treinador, você tem que estar preparado pros desafios que vão acontecer. A gente sabe como as coisas funcionam no futebol, elas são muito rápidas, e enquanto a gente vai construindo a nossa carreira, a gente vai buscando conhecimento e adquirir experiências também pra que quando apareçam oportunidades e possibilidades como essa de hoje, a gente esteja preparado pra encarar o desafio.

– A gente tem que estar preparado, mas tenho como hábito, tanto profissionalmente como na minha vida, viver o momento, viver um dia de cada vez ali e estou muito focado no momento, então hoje nós terminamos o jogo, já vamos cuidar da recuperação dos atletas, amanhã a gente tem treino e vou vivendo um dia de cada vez – disse o interino.

A vitória deixou o Corinthians com 12 pontos em 14 jogos, na 17ª colocação e ainda dentro da zona de rebaixamento. São duas vitórias, seis empates e seis derrotas. No entanto, o Timão viu a distância para os times que estão acima na tabela diminuir.

Na próxima rodada, o Corinthians visita o Cruzeiro, domingo, às 16h (de Brasília), no Mineirão, pela 15ª rodada do Brasileirão. O ídolo Cássio, reforço do time mineiro, ainda não pode estrear e será desfalque contra a agora sua ex-equipe.

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Escolha pelos garotos

– A ideia é que a gente consiga aproveitar bem todos os atletas que a gente tem no elenco. A gente não tem um elenco muito grande, é um elenco enxuto e que a gente consiga aproveitá-lo da melhor forma possível, até pelas questões que eu citei anteriormente de estar num momento agudo da competição e ter um desgaste físico grande. Os meninos da base, como eu sou oriundo da base também, eu conheço muito bem os meninos e acompanhei durante muito tempo e sei o que cada um deles pode entregar. Eu já vi coisas muito boas deles na base e sei as características e sei o que eles podem entregar. Mas nesse momento eu prefiro não olhar aos meninos da base, aos meninos mais experientes, eu prefiro olhar para o elenco como um todo. São todos atletas do Corinthians e a gente tem que dar atenção igualmente para todos os atletas do elenco e, na medida do possível e quando necessário, oportunizar esses atletas.

Atuação na Neo Química Arena

– Olha, eu acho que esse conforto que você cita, ele é um conforto que engana um pouco, porque como eu citei anteriormente, o Vitória teve muita posse e de certa forma tinha mais o controle do jogo relativamente, porém era um controle que machucava pouco, como eu citei, porque chegava pouco ao nosso gol, a gente conseguia controlar os espaços bem, óbvio que em alguns momentos conseguiram chegar e tinham algumas situações ali em último terço do campo que trouxeram certo perigo, mas se a gente for tentar buscar na memória alguma defesa muito crucial do Donelli no segundo tempo, a gente vai ter que pensar um pouquinho para encontrar, então é um, não acredito que não seja um conforto, entendeu, e talvez um controle nosso sem a bola também.

Romero e líderes do elenco

– Bom, primeiro, em relação ao Romero, eu gostaria de enaltecer e agradecê-lo pela disponibilidade, pela prontidão de estar aqui, hoje, pela manhã, quando ele chegou, a gente teve uma conversa, a gente teve uma reunião, eu e ele, e eu fiz questão de agradecer e de mostrar pra ele, e ele tem consciência disso, o tamanho que ele tem pro Corinthians, o tamanho que ele tem dentro do elenco, o quanto ele representa, o quanto ele significa, e eu deixei claro pra ele, que só a presença dele já era fundamental, já era importante pra nós, porque a gente ter ele como referência no nosso elenco, um dos jogadores mais experientes do elenco, nesse momento, nos traz conforto também. Então, eu queria enaltecer a disponibilidade dele hoje, inclusive a aniversária dele, e ele, prontamente, quando a gente entrou em contato, questionando sobre a possibilidade de estar aqui, ele, prontamente, aceitou, não. Não pensou em nenhum empecilho para que não viesse e esteve à disposição, então eu quero agradecer muito porque foi fundamental e a entrada dele em campo também nos ajudou muito a trazer essa energia do Corinthians também.

– E com relação à maturidade, esse é um ponto que a gente tem olhado com bastante atenção e que é natural do processo, faz parte desse momento de oscilação que os meninos têm pela questão da idade, mas o mais importante de tudo, esses meninos, a maioria deles, os que são da base eles vivem o Corinthians há muitos anos, então eles estão acostumados, eles sabem o que é ser o Corinthians. É óbvio que a questão da maturidade em algum momento no jogo ela pode interferir, mas ninguém está totalmente pronto até que seja solicitado, até que seja necessário, então acredito que os meninos. Que for solicitado, que for necessário, eles estarão prontos para entregar o máximo de energia deles, o máximo de competitividade deles, para que a gente possa fazer com que o Corinthians saia dessa situação.

Formação tática

– Como a gente tem pouco tempo de trabalho para implementar uma filosofia, uma ideia de jogo, a gente tem focado bastante nas questões estratégicas e esse 4141 foi pensado estrategicamente para o jogo para que a gente buscasse alguns encaixes no campo de acordo com a proposta que o Vitória traria para o jogo. Então era uma ideia de a gente ter um pouco de solidez também da nossa última linha defensiva com a presença do Raniele fazendo essa função ali bem na frente da defesa que a gente pudesse dar essa proteção e ter um pouco mais de solidez. Então a questão do 4141 ela é mais estratégica do que uma filosofia, uma ideia de jogo dentro de uma ideia de jogo de uma filosofia. Eu gosto de ter repertório, de ter opções táticas e comportamentais também no jogo. Não me prendo muito a uma formação específica, eu gosto de ter repertório e ter autonomia com os atletas também para que a gente desenvolva diferentes ideias, até para que a gente gere dúvida também nos nossos adversários.

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