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Polícia realiza operação contra fraudes em concursos públicos
InvestigaMS/Wendell Reis
A Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira, a ‘Operação Ludificatum’, com objetivo de combater fraudes em concursos públicos realizados em diversos estados do país. Duas empresas de Mato Grosso do Sul estão envolvidas na organização, que atua em diversos estados.
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Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso e Paraná. Segundo as investigações, duas empresas, da mesma família, organizaram concursos públicos com suspeita de fraudes em diversos municípios do país, comprometendo a lisura dos processos.
A polícia conta que as empresas estavam ligadas a uma rede de favorecimento envolvendo familiares e associados, podendo caracterizar a manipulação de concursos e prejudicar candidatos que participaram de forma legítima.
Segundo a investigação, muitas questões das provas eram idênticas entre as duas empresas, evidenciando a suspeita de compartilhamento de banco de dados.
A investigação começou com uma denúncia da Unidade de Controle Interno do Município de Ribeirão Cascalheira, apontando irregularidades no concurso público realizado pela Prefeitura Municipal, com suspeitas sobre o processo licitatório, curto prazo para execução do concurso, contratação via dispensa de licitação e favorecimento na aprovação de diversos candidatos ligados ao poder público municipal.
Em 2020, em Caiapônia (GO), uma empresa teria tentado coagir concorrentes da licitação oferecendo dinheiro para desistência. Em 2021, em Gaúcha do Norte (MT), houve confusão na aplicação do concurso para auditor interno, gerando dúvidas sobre a validade.
O delegado responsável pela investigação, Diogo Jobane Neto, de Ribeirão Cascalheira, conta que a ausência de garantias mínimas de segurança digital, somadas às falhas na contratação e execução do concurso reforçaram a necessidade de diligências.
“A falta de uma banca examinadora legítima, ausência de endereço físico, associadas a uma série de outras falhas e irregularidades, como ausência de registros de empregados, levantou dúvidas sobre a idoneidade da empresa, que não comprovou sua capacidade técnica para realizar concursos públicos e sequer informou quem seriam os profissionais responsáveis pela elaboração e aplicação das provas, comprometendo a confiança no processo', declarou.














