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Ex-Flamengo e Atlético-MG relembra infância com Filipe Luís e ajuda para contratação de Juninho
Com história nos dois clubes, André Santos dividiu alojamento com treinador rubro-negro; com Cuca, recebeu a primeira oportunidade em um time grande e foi utilizado em posição inédita
GloboEsporte.com / Redação do ge
No álbum de figurinhas do Figueirense de 2004, dois rostos conhecidos e ligados à história do Flamengo: Filipe Luís e o ex-lateral André Santos. Nos anos seguintes, uma conexão com Cuca e o outro time das oitavas de final da Copa do Brasil: o Atlético-MG. Um nome que está conectado com ambas as equipes que se enfrentam nesta quinta-feira, às 21h30, no Maracanã, pela partida de ida do mata-mata. Com histórias e momentos diferentes.
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André Santos, 42 anos, está aposentado dos gramados desde 2018. Hoje, é empresário e dono de vários negócios em Florianópolis. Em uma conversa com o ge, o ex-lateral, campeão duas vezes da Copa do Brasil, relembrou histórias da bola no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.
A história com Filipe Luís, técnico do Flamengo, é antiga. Ambos se conheceram na base do Figueirense. Companheiros de posição, brigaram por vaga no time titular antes de cada um seguir o seu caminho. Um no Brasil e o outro na Europa.
— Tive minha infância com ele. Moramos juntos no Figueirense. Jogávamos na mesma posição. O Filipe é 86 (nascido em 1986), eu 83 (nascido em 1983). Então, eu sempre jogava em duas categorias acima. Moramos no alojamento embaixo da arquibancada.
— Quando subimos ao profissional, fui emprestado ao Rio Claro. Ele continuou no Figueira. Quando voltei, só tinha ele de lateral no profissional. Começou o ano de 2004, com o Dorival Júnior de treinador. Ele começou jogando e eu no banco. Depois, ele foi convocado para a Seleção, foi fazer um intercâmbio. Ele voltou da Seleção, mas o Dorival não me tirou mais, eu estava bem. Aí, eu jogava pelo meio, ele pela lateral. Ou vice-versa.
André Santos tem duas passagens pelo Flamengo. Em cada uma, fez parte de dois títulos de Copa do Brasil (2006 e 2013). O ex-lateral mantém contato com Filipe Luís até os dias atuais.
Recentemente, o telefone tocou para falar de um jogador: o atacante Juninho. André jogou com ele no Figueirense, em 2018. O treinador do Flamengo buscou informações sobre o atleta com o ex-companheiro.
— Conversamos, eu já conhecia o Juninho por ter jogado com ele no Figueirense. Falei com o Juninho também, falei das qualidades do Filipe e do Flamengo. Ajudei muito na contratação. Temos uma ótima relação — disse o ex-lateral.
Ao sair do Figueirense, o primeiro grande passo na carreira de André Santos foi no Flamengo, em 2005. E lá trabalhou ao lado de Cuca, treinador rubro-negro na época.
— Foi sem dúvida alguma (importante em minha passagem). Ele é um grande treinador. Tive a oportunidade de trabalhar com ele no Flamengo. Eu era um garoto ainda, jovem. Inclusive, foi ele que me colocou de terceiro zagueiro pelo lado esquerdo. Ele falava que eu tinha qualidade na saída de bola.
"Sempre foi um cara inteligente, de estratégia. Ele faz parte do meu processo. Quando ele estava no Botafogo, quis me contratar. Ele tinha uma confiança em mim. Temos uma ótima relação"
No ano seguinte, o lateral foi emprestado Atlético. Chegou ao grupo durante a Série B. Não fez tantos jogos, mas fez parte da conquista do título nacional. Apesar da passagem curta — 15 jogos — o ex-defensor cita o período como importante na carreira.
— Joguei poucos jogos. O grupo estava fechado quando cheguei, mas foi uma época boa, uma grande experiência. Subimos o Atlético. Foi um momento de reflexão na minha carreira.
Aos 42 anos, André Santos lembra com carinho a carreira construída e curte o pós-carreira. Seleção brasileira, títulos pelo Corinthians e passagem pela Europa, a mais marcante pelo Arsenal, pelo tamanho da equipe.
Quando o assunto é para quem vai torcer na quinta-feira, ele não fica no muro.
— Aí é que começa, né?! (a vida no pós-carreira). O Futebol toma muito seu tempo. Você abre mão de muita coisa na vida pessoal e profissional. Fico feliz de ter encerrado em alto nível e poder aproveitar de outro jeito, hoje, com a família.
— Lado Rubro-Negro (sua torcida). Tive duas passagens, sei o quanto a torcida é importante. É jogo duro. Tivemos uma amostra no final de semana. Quando se trata de vaga de Copa do Brasil, o Flamengo faz uma história linda. Gosto muito e respeito o torcedor atleticano, mas meu coração vai pegar mais pelo Flamengo.
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