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Trump e Lula selam paz comercial? Saiba o que ficou decidido na reunião
O presidente brasileiro ressaltou que fez questão de deixar claro para o líder americano sua trajetória e seus posicionamentos, afirmando que o respeito mútuo nasce do conhecimento entre as partes
Jovem Pan / Jovem Pan
Após um encontro na Malásia nesta segunda-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em coletiva de imprensa que o presidente americano, Donald Trump, garantiu a intenção de fechar um novo acordo comercial com o Brasil. A reunião teve como foco principal a discussão sobre tarifas e sanções aplicadas aos produtos brasileiros pelos Estados Unidos. “O compromisso que ele fez é que ele pretende fazer um acordo de muita boa qualidade com o Brasil”, declarou Lula. “Embora ele não tenha feito promessa, ele garantiu que nós vamos ter acordo.” O presidente brasileiro ressaltou que fez questão de deixar claro para o líder americano sua trajetória e seus posicionamentos, afirmando que o respeito mútuo nasce do conhecimento entre as partes.
Após a reunião entre os líderes, um encontro de nível técnico já foi realizado. A conversa contou com a presença do chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e do Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, além de outros assessores e do Secretário de Comércio americano. Segundo a repórter Janaína Camelo, o objetivo é estabelecer um cronograma de reuniões periódicas para encontrar uma solução para as disputas comerciais “o mais breve possível”. O presidente Lula também informou que entregou um documento a Donald Trump com todas as propostas e pontos que o Brasil deseja negociar.
Além disso, os dois presidentes trocaram números de telefone pessoais, com Lula afirmando que ligará diretamente para Trump caso sua equipe ministerial encontre dificuldades nas negociações.
Apesar do otimismo do governo brasileiro, a perspectiva nos Estados Unidos é mais cautelosa. O correspondente Eliseu Caetano informou que, em conversa com jornalistas, Donald Trump elogiou a reunião, mas não confirmou um acordo fechado. Suas declarações foram mais vagas, como “Veremos” e “Acho que podemos fazer um bom acordo”. Segundo o correspondente, há uma forte pressão política interna nos EUA e a complexa relação comercial com a China é um fator que interfere nas negociações com outros países, como o Brasil.
Está prevista para a próxima semana uma viagem de uma comitiva de ministros brasileiros a Washington para dar início às negociações técnicas com a equipe econômica de Trump. A delegação deve incluir o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.
Com informações de Janaína Camelo, Eliseu Caetano e Victória Abel
*Reportagem produzida com auxílio de IA














